AVALIAÇAO DOS RESULTADOS DO TRATAMENTO CIRURGICO DE PACIENTES PORTADORAS DE ENDOMETRIOSE INFILTRATIVA PROFUNDA(especial para SIIC © Derechos reservados) |
Os avanços técnico-cirúrgicos e a melhora da curva de aprendizado fizeram da cirurgia laparoscópica um procedimento seguro e referência para o tratamento cirúrgico da EIP, com significativa diminuição dos sintomas dolorosos no pós-operatório. |
Autor: Winny hirome Takahashi Columnista Experto de SIIC Institución: HSPE - FMO Artículos publicados por Winny hirome Takahashi |
Coautores Walid Makin Fahmy* Ana Maria Pereira Gomes* Reginaldo Coelho Guedes Lopes** Daniella De Batista Depes*** Hosana Karinne de Marathaoan Souza Martins e Castello Branco* Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, HSPE - FMO, São Paulo, Brasil* Doutor em Ginecologia e Obstetrícia, HSPE - FMO, São Paulo, Brasil** Mestre em Ginecologia e Obstetrícia, HSPE - FMO, São Paulo, Brasil*** |
Recepción del artículo 28 de Diciembre, 2007 |
Aprobación 28 de Abril, 2008 |
Primera edición 8 de Julio, 2008 |
Segunda edición, ampliada y corregida 7 de Junio, 2021 |
Resumen
Objetivo: avaliar os resultados obtidos em um grupo de pacientes com diagnóstico de endometriose infiltrativa profunda (EIP) submetidas a tratamento cirúrgico no Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira", São Paulo, Brasil. Casuística e Métodos: estudo retrospectivo com análise dos casos através de levantamento de seus registros em prontuários. Foram incluídas 23 pacientes operadas entre outubro de 1999 e setembro de 2006. A média de idade das pacientes foi de 38.2 anos. Dezoito pacientes (78.3%) eram brancas e 5 (21.7%) eram negras. Nove pacientes (39.1%) eram nuligestas e a paridade variou de 0 a 3, com média de 1.0. O tempo de seguimento das pacientes variou de 8 a 71 meses, com média de 34.8. Os principais sintomas pré-operatórios foram a dismenorréia em 19 pacientes (82.6%), seguida da dispareunia de profundidade em 15 (65.2%), infertilidade em 6 (26.1%), dor pélvica acíclica em 6 (26.1%), tenesmo em 5 (21.7%), obstipação em 5 (21.7%), sintomas urinários em 4 (17.4%) e enterorragia em 3 (13%). Resultados: das 23 pacientes analisadas, 18 foram submetidas a tratamento cirúrgico laparoscópico, 3 por laparotomias e 2 com ressecção cistoscópica transuretral. Os principais locais de EIP nos achados cirúrgicos foram: septo retovaginal em 17 (73.9%), bloqueio de fundo de saco posterior em 10 (43.5%), ligamento uterossacro em 8 (34.8%), sigmóide e reto com 6 (26.1%) cada e bexiga em 5 (21.7%). Encontramos relação significante entre dispareunia e bloqueio de fundo de saco posterior (p = 0.02) e entre os sintomas urinários com o acometimento de bexiga (p = 0.02). Todas as pacientes tiveram exame anatomopatológico compatível com endometriose, com lesões variando de 4 a 40 mm, média de 21.5. As maiores complicações pós-operatórias imediatas foram peritonite fecal em 2 pacientes (8.6%). A dismenorréia e a dispareunia tiveram melhora significativa no pós-operatório precoce (até 6 meses) e tardio (maior que 6 meses). Conclusão: os avanços técnico-cirúrgicos e a melhora da curva de aprendizado fizeram da cirurgia laparoscópica um procedimento seguro e referência para o tratamento cirúrgico da EIP, com significativa diminuição dos sintomas dolorosos no pós-operatório.
Palabras clave
endometriose infiltrativa profunda, resultados do tratamento cirúrgico
Abstract
Purpose: to evaluate the results of a group of patients with deep infiltrating endometriosis that were treated with surgery at the Gynecological Endoscopy Service of the Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira", São Paulo, Brazil. Methods: a retrospective analysis was accomplished with data from the records. We present 23 patients treated between October 1999 and September 2006. Patients' mean of age was 38.2 years. Eighteen patients (78.3%) were caucasian and 5 (21.7%) were afroamerican descendents. Nine (39.1%) patients had never been pregnant, and the parity ranged from 0 to 3 (mean of 1.0). The average follow-up period was 34.8 months (ranged from 8 to 71). The main preoperative symptoms were: dysmenorrhea in 19 (82.6%), deep dyspareunia in 15 (65.2%), infertility in 6 (26.1%), non-ciclic pelvic pain in 6 (26.1%), tenesmus in 5 (21.7%), constipation in 5 (21.7%), low urinary symptoms in 4 (17.4%) and rectal bleeding in three (13%). Results: From 23 patients, 18 had laparoscopic surgery, 3 had laparotomy and 2 were submitted to cistoscopic transurethral resection. The major lesions were: rectovaginal septum in 17 (73.9%), cul-de-sac obliteration in 10 (43.5%), uterosacral ligaments in 8 (34.8%), sigmoid and rectum in 6 (26.1%) each and bladder in 5 (21.7%). Dyspareunia was associated with cul-de-sac obliteration (p = 0.02) and low urinary symptoms with lesion in bladder (p = 0.02). All patients had histological examination compatible with endometriosis. The size of the lesions ranged from 4 to 40 mm (mean of 21.5 mm). The major early pos-operative complications were bowels' lesions in 2 patients (8.6%). Dysmenorrhea and deep dyspareunia had significant relief by surgery (p < 0.05). Conclusion: The advances of surgery technique made laparoscopy a relatively safe procedure and a reference to surgical treatment of deep infiltrating endometriosis, with improvement of pain symptoms.
Key words
deep infiltrating endometriosis, treatment outcome
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