VALVOPLASTIA SEM SUPORTE EM CRIANÇAS COM ANOMALIAS CONGENITAS DA VALVA MITRAL: RESULTADOS CLINICOS TARDIOS(especial para SIIC © Derechos reservados) |
A estenose mitral apresenta maior dificuldade de reparo satisfatório a longo prazo pelas anormalidades valvulares e gravidade de lesões associadas. A correção sem suporte anular na insuficiência mitral apresenta bons resultados a longo prazo. |
Autor: Gabriel Lorier taranto Columnista Experto de SIIC Artículos publicados por Gabriel Lorier taranto |
Coautores Gustavo R. Hoppen* Christiano Barcellos* Nicolas Teleo* Abud Homsi Netto* Javier Gonzalez* Paulo R.L. Prates* Paulo R. Prates* Joao R.M. Sant'Anna** Ivo A. Nesralla** Renato A.K. Kalil** MD, Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil* MD, PhD, Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil** |
Recepción del artículo 12 de Junio, 2003 |
Primera edición 21 de Agosto, 2003 |
Segunda edición, ampliada y corregida 7 de Junio, 2021 |
Resumen
Fundamento: o implante de anéis nas reconstruções valvares mitrais em crianças pode não ser necessário e trazer complicações tardias. Objetivo: analisar a evolução clínica tardia após o tratamento cirúrgico, em crianças de até 12 anos de idade, com técnicas reparadoras e reconstrutivas sem suporte anelar. Pacientes e métodos: foram avaliados 21 pacientes operados entre 1975 e 1998. A idade média foi de 4.67 ± 3.44 anos; 47.6% dos pacientes eram do sexo feminino; insuficiência mitral estava presente em 57.1% (12 casos), estenose em 28.6% (6 casos) e dupla lesão em 14.3% (3 casos). O tempo médio de perfusão foi 43.10 ± 9.50 min; o tempo médio de isquemia foi de 29.40 ± 10.50 min. O seguimento clínico médio em 12 pacientes com insuficiência mitral foi de 41.52 ± 53.61 m; e no grupo da estenose (4 pacientes) foi de 46.39 ± 32.02 meses; no grupo com dupla lesão (3 pacientes) foi de 39.41 ± 37.5 m. O seguimento ecocardiográfico foi em média por grupos: na insuficiência 37.17 ± 39.51; na estenose foi de 42.61 ± 30.59 m e na dupla lesão foi de 39.41 ± 37.51 m. Resultados: a mortalidade operatória foi 9.5% (2 casos). Não houve óbitos tardios. No grupo de insuficiência mitral, 10 pacientes (83.3%) encontram-se assintomáticos. (p=0.04). No seguimento ecocardiográfico a maioria dos pacientes encontrav-se com refluxo leve (p=0.002). No grupo da estenose, no seguimento clínico todos estavam em classe funcional I (NYHA); no seguimento ecocardiográfico, o gradiente transvalvar médio variou entre 8 e 12 mm Hg, sendo a média de 10.7 mm Hg. No grupo de dupla lesão, 1 paciente foi reoperado aos 43 meses. Não foram relatados episódios de endocardite, nem de tromboembolismo. Conclusões: a estenose mitral apresenta maior dificuldade de reparo satisfatório a longo prazo pelas anormalidades valvulares e gravidade de lesões associadas. A correção sem suporte anular na insuficiência mitral apresenta bons resultados a longo prazo.
Palabras clave
Cardiopatias congênitas, valvuloplastia, cirurgia
Abstract
Background - The use of rings in mitral valve repair is unnecessary and may lead to late complications. Objective - To analyze the long term clinical results following the surgical repair and reconstruction without the use of rings in cases of congenital mitral lesions in children less than 12 years of age. Patients and Methods - Twenty-one patients who had undergone surgery in the period from 1975 to 1998 were evaluated. The mean age was 4.6±3.4 years. Females represented 47.6% of the total. Mitral regurgitation was present in 57.1% (12 pt), stenosis in 28.6% (6 pt) and the mixed lesion group represented 14.3% (3 pt). Perfusion time was 43.1±9.5 min and ischemic time 29.4±10.5 min. Follow-up time was 41.5±53.6 months for the regurgitation group (12 pt), 46.3±32.0 months for the stenosis group (4 pt) and 39,41±32,02 months for the mixed lesion group (3 pt). Echocardiagraphical follow-up time was: 37.17±39.51m for the regurgitation group, 42.61+/-30.59 for the stenosis group, and 39.41±37.51 for the mixed lesion group. Results - Operative mortality was 9.5% (2 cases). There were no late deaths. In the regurgitation group, 10 pt (83.3%) were assymptomatic (p=0.004). In the echocardiagraphical follow-up the patientshad a light reflux of (p=0.002). In the clinical follow-up of the stenosis group (4 pts ) all the patients were in functional class I (NYHA). The mean transvalvargradient measured by echocardiagraph was from 8 to 12 mmHgwith a mean gradien of 10.7mmHg. In the mixed lesion group there was 1 reoperation at post-operative month 43. There were no cases of endocarditis or thromboembolism. Conclusion - Mitral valve repair in congenital lesions is associated with good late results. The majority of cases in hte regurgitation group remain asymptomatic and do not require reoperations. Rings or annular support are not necessary in such cases. Satisfactory repair is more difficult to achieve in case of mitral stenosis due to valvular abnormalities and the seriousness of the associated lesions.
Key words
Cardiopatias congênitas, valvuloplastia, cirurgia
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