TRATAMENTO CIRURGICO DA HIPERTENSAO PORTAL ESQUISTOSSOMOTICA(especial para SIIC © Derechos reservados) |
A esplenectomia + ligadura da veia gástrica esquerda (LVGE) + desvascularização da grande curvatura do estômago + esclerose endoscópica pós-operatória apresenta um resultado global satisfatório e é uma opção terapêutica eficiente no tratamento cirúrgico da esquitossomose hepatoesplênica. |
Autor: Álvaro antônio Bandeira ferraz Columnista Experto de SIIC Artículos publicados por Álvaro antônio Bandeira ferraz |
Recepción del artículo 3 de Marzo, 2003 |
Primera edición 11 de Abril, 2003 |
Segunda edición, ampliada y corregida 7 de Junio, 2021 |
Resumen
O tratamento cirúrgico da esquistossomose mansônica apresenta dados fisiopatológicos que o tornam diferente do tratamento cirúrgico da cirrose hepática, principalmente porque na esquistossomose mansônica há uma preservação da função hepática. O autor reporta os resultados da esplenectomia + ligadura da veia gástrica esquerda (LVGE) + desvascularização da grande curvatura do estômago + esclerose endoscópica pós-operatória no tratamento da hipertensão portal esquistossomótica com antecedente de hemorragia digestiva. A recidiva hemorrágica foi de 14.4% em um seguimento médio de 30 meses, 13.2% de trombose da veia porta e uma mortalidade global de 5.4%. Varizes de fundo gástrico estiveram presentes em 46.9% dos pacientes. Nestes pacientes, uma gastrotomia e sutura destas varizes foram realizadas. Este procedimento erradicou 75.6% destas varizes. O grau de fibrose periportal também foi avaliado. Pacientes portadores de fibrose periportal Grau II e III apresentam um índice estatisticamente maior de recorrência hemorrágica, quando comparado com os portadores da fibrose periportal Grau I. O autor conclui que a esplenectomia + ligadura da veia gástrica esquerda (LVGE) + desvascularização da grande curvatura do estômago + esclerose endoscópica pós-operatória apresenta um resultado global satisfatório e é uma opção terapêutica eficiente no tratamento cirúrgico da esquitossomose hepatoesplênica.
Palabras clave
Esquistossomose hepatoesplênica, varizes esofagianas
Abstract
The surgical treatment of portal hypertension in schistosomotic patients has distinct features when compared with cirrhotic patients, mostly, because hepatic function is preserved in schistosomotic liver disease. The auhtors report the results achieved with splenectomy, division of the left gastric vein, devascularization of great gastric curvature and postoperative endoscopic variceal sclerosis, as an surgical option to esophageal varices in hepatosplenic shistosomiasis. The rebleeding rate was 14.4%, during a mean 30 months follow-up period, portal vein thrombosis of 13.2% and, a global mortality of 5.4%. Gastric varices were presented in 46.9% of the patients, and for those a gastrotomy and running suture of the varices achieved a eradication rate of the varices of 75.6%. The degree of periportal fibrosis was also analyzed. Periportal fibrosis staging revealed that patients who presented with class II or III liver fibrosis had a significant increased risk of recurrent GI bleeding when compared with patients with class I liver fibrosis. The authors concluded that splenectomy, division of the left gastric vein, devascularization of great gastric curvature and postoperative endoscopic variceal sclerosis presented with global good results and is a therapeutic option in the treatment of hepatosplenic shistosomiasis.
Key words
Esquistossomose hepatoesplênica, varizes esofagianas
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