Resumen
Introdução. A diferenciação de nódulos sólidos e císticos é relativamente fácil à ultra-sonografia. Por outro lado, a diferenciação de lesões sólidas benignas e malignas não é universalmente aceita e necessita de melhor caracterização e comprovação científica. Objetivo. Avaliar a razão de prevalência de malignidade em cada tipo de característica ultra-sonográficas nos nódulos sólidos da mama. Metodologia. Foram incluídas no estudo 142 pacientes do Serviço de Mastologia do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Goiás com nódulos sólidos da mama. Foi realizada USG mamária pelo médico estagiário de Mastologia, acompanhado do preceptor, e as características foram anotadas em ficha própria. Cada característica ultra-sonográfica foi analisada estatisticamente e comparada, após a exérese da lesão, com o resultado do exame anatomopatológico. Resultados. Dentre as 142 pacientes incluídas no estudo, 90 (63%) tiveram suas lesões ressecadas, com diagnóstico de 77 (86%) tumores benignos e 13 (14%) de tumores malignos. A razão de prevalência (odds ratio) de malignidade nos nódulos mamários foi a seguinte: aqueles com maior diâmetro ântero-posterior, em relação ao látero-lateral, 28,9 (5,9-140,8); com sombra acústica posterior, 13,5 (3,5-51,6); com contornos irregulares, 10,2 (2,5-40,9); com ecos internos heterogêneos, 7,9 (2,2-28,0); com ligamentos de Cooper espessados, 6,3 (0,4-108,2); com halo ecogênico anterior, 1,8 (0,4-7,6). Dois nódulos malignos (15%), apresentaram todas as características sugestivas de benignidade. Conclusão. A ultra-sonografia é um método diagnóstico que pode ajudar na diferenciação de tumores sólidos benignos e malignos. Algumas características ultra-sonográficas, quando presentes, indicam uma alta probabilidade de malignidade e, frente a elas a biópsia da lesão deve ser recomendada.

Palabras clave
Ultra-som, mama, diagnóstico, câncer

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(castellano)
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