IMPACTO DAS CAUSAS BASICAS DE MORTE NA ESPERANÇA DE VIDA NOS BAIRROS CENTRAIS E PERIFERICOS DE SAO PAULO, BRASIL, 2000

(especial para SIIC © Derechos reservados)
Existem duas realidades muito distintas convivendo no município de São Paulo, Brasil, indicando a necessidade de se estabelecer uma política de saúde, educação e segurança pública diferenciada de forma a garantir a equidade da atenção pública e obter resultados mais impactantes.
Autor:
André renê Barboni
Columnista Experto de SIIC

Institución:
Universidade Estadual de Feira de Santana


Artículos publicados por André renê Barboni
Recepción del artículo
1 de Marzo, 2007
Aprobación
23 de Julio, 2007
Primera edición
18 de Septiembre, 2007
Segunda edición, ampliada y corregida
7 de Junio, 2021

Resumen
Objetivo: Avaliar e comparar o impacto de algumas causas de morte na esperança de vida de residentes dos bairros centrais e periféricos de São Paulo, 2000. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico descritivo, transversal, utilizando dados oficiais secundários (óbitos e populações). Analisou-se a importância dos grupos de causas de óbito na esperança de vida, utilizando-se tábuas de vida e a teoria de riscos competitivos. Resultados: As esperanças de vida masculina são menores que a feminina (± 10 anos), nas duas regiões analisadas, e, em média, a população dos bairros centrais vive três anos a mais do que a dos periféricos. As doenças de caráter infeccioso têm um impacto maior na mortalidade das primeiras e últimas idades, mas a AIDS altera este perfil atuando predominantemente na população econômica e sexualmente ativa, especialmente entre os homens. As causas externas afetam predominantemente a população masculina entre 15 e 65 anos de idade, em maior intensidade nos bairros periféricos, mas, incide de forma preocupante na população mais idosa dos bairros centrais. As neoplasias e as doenças dos aparelhos circulatório e respiratório têm grau crescente de importância com o aumento da idade, mas estas últimas também afetam a população menor de cinco anos, notadamente nos bairros periféricos. Por ordem de importância, atuaram, nos homens, as doenças do aparelho circulatório, neoplasias, causas externas, doenças do aparelho respiratório e as doenças infecciosas e parasitárias. No sexo feminino as causas externas trocaram de lugar com as doenças do aparelho respiratório. Conclusões: Existem duas realidades muito distintas convivendo no mesmo município indicando a necessidade de se estabelecer uma política de saúde, educação e segurança pública diferenciada de forma a garantir a equidade da atenção pública e obter resultados mais impactantes.

Palabras clave
mortalidade, esperança de vida, causa básica de morte, estudos transversais, tábuas de vida, fatores de risco


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Abstract
Objective: Assessing and comparing the impact of some causes of death on life expectancy of residents living in central metropolitan areas and suburbs of São Paulo city in 2000. Methodology: This is an ecological, descriptive, cross-sectional study based on secondary official data (deaths and populations). The impact of the different groups of causes of death on life expectancy was assessed, based on life tables and competing risk theory. Results: Male life expectancy is lower than female life expectancy (± 10 years), in both analyzed regions, and, on average, central metropolitan populations live three years longer than residents living in the suburbs. Infectious diseases have a greater impact on mortality in younger and older people, but AIDS alters that profile because of its predominance among economically and sexually active populations, especially men. External causes affect mainly men aged 15 to 65 years, especially those living in the suburbs, but their incidence in older populations of the central metropolitan areas is a cause of concern. Neoplasms of circulatory and respiratory systems increase with age, but respiratory tract neoplasms are also seen in pediatric populations -less than five years of age-living in the suburbs. In men, circulatory system diseases listed orderly by decreasing importance include neoplasms, external causes, respiratory tract diseases, and infectious and parasitic diseases. In women, external causes take the place of respiratory tract diseases in that list. Conclusions: Two very different realities coexist in the same municipality, indicating the need for a policy in health, education, and public safety, in order to warrant equity in public health care and to obtain more impressive results.

Key words
mortality, life expectancy, underlying cause of death, cross-sectional studies, life tables, risk factors


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