POLIMORFISMO DE REPETIÇAO NA REGIAO TATA-BOX DO GENE UGT1A1 E SUA RELAÇAO COM DIFERENTES SITUAÇOES CLINICAS RELACIONADAS COM HIPERBILIRRUBINEMIA(especial para SIIC © Derechos reservados) |
A pesquisa da inserção alelo TA, efectuada por técnicas de biologia molecular simples, permite-nos estabelecer o diagnóstico de Síndroma de Gilbert assim como fazer o estudo da sua influência na gravidade e morbilidade da hiperbilirrubinémia de outras situações clínicas com ela relacionadas. |
Autor: Elísio manuel Sousa costa, Columnista Experto de SIIC Artículos publicados por Elísio manuel Sousa costa, |
Coautores Emilia Vieira.* Ana Margarida Alexandrino.** Ana Sarmento.*** Rosa Branca.**** Ermelinda Santos-Silva y José Barbot.***** Rosário dos Santos****** Licenciatura em Análises Clínicas e Estudante de Mestrado da Universidade de Aveiro. Unidade de Genética Molecular do Instituto de Genética Médica Dr. Jacinto de Magalhães* Licenciatura em Medicina. Unidade de Neonatologia da Maternidade Júlio Dinis** Licenciatura em Medicina.Serviço de Pediatria do Hospital de Vila Real.*** Licenciatura em Medicina..Serviço de Hematologia do Hospital de Crianças Maria Pia.**** Licenciatura em Medicina. Serviço de Pediatria do y Serviço de Hematologia Hospital de Crianças Maria Pia***** Mestrado em Genética Humana.Unidade de Genética Molecular do Instituto de Genética Médica Dr. Jacinto de Magalhães****** |
Recepción del artículo 15 de Marzo, 2004 |
Primera edición 2 de Julio, 2004 |
Segunda edición, ampliada y corregida 7 de Junio, 2021 |
Resumen
Durante muitos anos o diagnóstico de síndroma de Gilbert (SG) foi de exclusão, dada a dificuldade no estudo bioquímico do enzima uridina difosfato-glucuronosil transferase-1 (UGT1A1). A localização do seu gene e posteriormente a identificação de mutações relacionadas com SG, veio alterar de forma significativa este panorama, principalmente quando em 1995 foi identificada uma inserção de dois nucleotídeos (TA) na região TA(6)TAA do seu promotor, que veio a revelar-se como a principal causa de SG em todas as populações estudadas. No ano 2000 iniciamos a pesquisa desta inserção. Paralelamente ao seu estudo em doentes com diagnóstico clínico de SG, procuramos avaliar a sua influência no quadro clínico de outras situações também relacionadas com hiperbilirrubinémia, nomeadamente na icterícia neonatal (IN) e na doença hemolítica crónica (DHC). A pesquisa da inserção TA foi efectuada em 354 amostras; 91 de doentes com diagnóstico clínico de SG, 45 de doentes com DHC, 18 de doentes com défice de glicose-6-fosfato desidrogenase com referência a IN (incluindo 5 com DHC), 100 de recém-nascidos (RN) com IN (23 dos quais com IN prolongada) e 100 RN com ausência de IN documentada. A pesquisa da inserção TA, efectuada por técnicas de biologia molecular simples, permite-nos estabelecer o diagnóstico de SG assim como fazer o estudo da sua influência na gravidade e morbilidade da hiperbilirrubinémia de outras situações clínicas com ela relacionadas. A análise dos nossos resultados sugere-nos que a presença do alelo [TA]7 é a principal responsável por SG na nossa população, está associada ao desenvolvimento de IN prolongada e, nos doentes com DHC, aumenta os níveis de bilirrubina e consequentemente o risco de desenvolvimento de litíase vesicular.
Palabras clave
Hiperbilirrubinémia, síndroma de Gilbert, icterícia neonatal, doença hemolítica crónica, UGT1A1
Abstract
For many years Gilbert's Syndrome (GS) was a diagnosis made by exclusion. This had to do with the unavailability of biochemical methods for the study of the implied enzyme bilirubin UDP-glucuronosyl transferase (UGT1A1). Gene mapping with subsequent knowledge of GS associated mutations significantly altered this diagnostic approach. In 1995, a two nucleotide (TA) insertion in the TA(6)TAA promoter region of the UGT1A1 gene was identified, which was found to be the main cause of GS in all studied populations. By the year 2000 we started to search for this insertion, both in patients with the clinical diagnosis of GS and in patients with other hyperbilirubinemia associated conditions, namely Neonatal Jaundice (NJ) and Chronic Hemolytic Diseases (CHD). We tested 354 different blood samples for the presence of the TA insertion mutation: 91 from patients with clinical diagnosis of GS; 45 from patients with CHD; 18 with Glucose-6-phosphate dehydrogenase deficiency with history of NJ (five of them with documented CHD); 100 from newborns with NJ (including 23 with prolonged NJ); and 100 healthy newborns without documented NJ. Study of the TA insertion mutation, made by simple molecular biology techniques, allows us to make the diagnosis of GS as well as to study the influence of its presence in the clinical and analytical manifestations of hyperbilirubinemia in different clinical settings. Our results suggest that the presence of the (TA)7 allele is the main cause of GS in our population. Furthermore, it may be related to prolonged NJ and, in patients with CHD, to higher serum bilirubin levels and higher risk of colelithiasis.
Key words
Gilbert's syndrome, UGT1A1, hyperbilirubinemia, neonatal jaundice, chronic hemolytic disease
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