DIFERENÇAS DE GENERO NA SAUDE DE ANALISTAS DE SISTEMAS: RESULTADOS DE UMA PESQUISA E RECOMENDAÇOES PARA A MELHORIA DAS CONDIÇOES DE TRABALHO(especial para SIIC © Derechos reservados) |
O objetivo deste estudo foi avaliar as repercussões das condições de trabalho sobre a saúde de mulheres e homens analistas de sistemas. O estudo teve uma abordagem multidisciplinar, envolvendo ergonomia, epidemiologia, medicina do trabalho e psicologia. |
Autor: Lys esther Rocha Columnista Experto de SIIC Artículos publicados por Lys esther Rocha |
Coautor Myriam Debert-Ribeiro* Médica e Doutora em Medicina Preventiva, Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo* |
Recepción del artículo 5 de Junio, 2003 |
Primera edición 13 de Agosto, 2003 |
Segunda edición, ampliada y corregida 7 de Junio, 2021 |
Resumen
O objetivo deste estudo foi avaliar as repercussões das condições de trabalho sobre a saúde de mulheres e homens analistas de sistemas. O estudo teve uma abordagem multidisciplinar, envolvendo ergonomia, epidemiologia, medicina do trabalho e psicologia. Foram investigados 553 analistas de sistemas, em atividade, de dois centros de processamento de dados da região metropolitana de São Paulo. Os homens eram mais velhos, e com maior proporção de casados e com filhos em relação às mulheres. As mulheres referiram maior número de horas dedicadas às tarefas domésticas. Observou-se o predomínio dos homens nas funções de chefia. Fatores de incômodo com freqüência semelhantes entre homens e mulheres foram: prazos curtos, uso constante da mente e alto grau de responsabilidade. Fatores de incômodo que predominaram em mulheres foram: postura desconfortável, maior número de horas no computador e presença de equipamentos obsoletos. As mulheres relataram maior freqüência de sintomas visuais, musculares e relacionados ao estresse. Este estudo contribuiu para que empresários e trabalhadores elaborassem recomendações visando a melhoria dos equipamentos, ambiente, postos, organização e fatores psicossociais do trabalho dos analistas de sistemas. As recomendações não incluíram itens específico em relação ao gênero, fato este comum nas normas de segurança e saúde no trabalho.
Palabras clave
Gênero e Trabalho, Saúde Ocupacional, Saúde Mental, Trabalho com Computador, Analistas de Sistemas
Abstract
The goal of the present study was to evaluate the consequences of working conditions of systems analysts on men\'s and women\'s health. This study had a multidisciplinary approach including ergonomics, epidemiology, occupational health and psychology. Five hundred and fifty three working analysts, belonging to two data processing plants in the Metropolitan Region of São Paulo, Brazil were included. Men were older and reported to be married more frequently than women. Women more often than men were childless. The amount of time dedicated to household tasks, including child care was higher among women. Women had entered the job market more recently. Men were more likely to be found as managers. Fatigue and distress aspects which were shared by both sexes were: strict deadlines, constant use of mind and high degree of responsibility. Distress and fatigue factors that predominated in women were: uncomfortable posture, longer hours in front of the video display terminal and use of obsolete equipment. Women report higher frequency of visual, musculoskeletal and stress symptoms. This study was used by employers and employees to improve working environment, including aspects related to the equipment, organisation, ergonomics and psychosocial aspects of work. It has to be stressed that despite worker ´s participation, the recommendations did not include specific gender related items. This fact is still common in safety and health working regulations.
Key words
Gênero e Trabalho, Saúde Ocupacional, Saúde Mental, Trabalho com Computador, Analistas de Sistemas
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