siiclogo2c.gif (4671 bytes)
CONSIDERAÇÕES SOBRE A PATOGÊNESE DA HEPATITE AUTO-IMUNE
(especial para SIIC © Derechos reservados)
bbbb
cccc

uspiq.jpg gold9.jpg Autor:
Goldberg, Anna Carla
Columnista Experto de SIIC

Institución:
Hospital Português Salvador, Bahia, Brasil

Artículos publicados por Goldberg, Anna Carla  
Coautores
Paulo Lisboa Bittencourt. Doutor em Gastroent*  Gilda Porta. Professora Livre Docente em Gast* 
*

Recepción del artículo: 22 de junio, 2004

Aprobación: 16 de septiembre, 2004

Primera edición: 7 de junio, 2021

Segunda edición, ampliada y corregida 7 de junio, 2021

Conclusión breve
A busca de fatores de suscetibilidade genética é claramente importante devido à natureza auto-imune da doença. O fator mais importante já demonstrado é o gene HLA-DRB1, mas outros genes podem ter um papel no desencadeamento da doença.

Resumen

A hepatite auto-imune (HAI) é uma doença inflamatória crônica do fígado que evolui para cirrose hepática, na ausência de tratamento imunossupressor. Bastante rara, pode acometer adultos e crianças. A base de sua classificação é a presença de auto-anticorpos circulantes, mas a doença é predominantemente causada por auto-imunidade celular. Em algumas formas da doença, os alvos antigênicos já puderam ser localizados, mas na maioria dos pacientes este é ainda desconhecido. A busca de fatores de suscetibilidade genética é claramente importante devido à natureza auto-imune da doença. O fator mais importante já demonstrado é o gene HLA-DRB1, mas outros genes podem ter um papel no desencadeamento da doença. A presença de certas variantes do gene HLA-DRB1 é um significante fator de risco. Alelos diferentes de HLA-DRB1, conforme a origem geográfica dos pacientes e de acordo com a forma clínica da doença, foram associados à HAI, indicando um quadro complexo e multifatorial onde participam outros fatores genéticos e ambientais ainda não conhecidos.

Palabras clave
Hepatite auto-imune, autoanticorpos, autoantígenos, susceptibilidade genética, antígenos HLA

Clasificación en siicsalud
Artículos originales> Expertos del Mundo>
página www.siicsalud.com/des/expertos.php/69009

Especialidades
Principal: Gastroenterología
Relacionadas: InfectologíaInmunologíaMedicina Interna

Enviar correspondencia a:
Anna Carla Goldberg. Av. Prof. Lineu Prestes 748 , Bloco 8, sala 861, 05508-900 São Paulo, Brasil Goldberg, Anna Carla

Patrocinio y reconocimiento
Parte dos trabalhos produzidos pelos autores foram financiados pelo CNPq.

INSIGHTS INTO THE PATHOGENESIS OF AUTOIMMUNE HEPATITIS

Abstract
Autoimmune hepatitis is a chronic liver disease of unknown cause that leads, when untreated, to cirrhosis and liver failure. This rare disease affects adults and children and usually responds well to immunossupressive therapy. Autoimmune hepatitis is classified in two distinct types according to the autoantibody profile. Although the hallmark of the disease is the presence of autoantibodies in high titers, AIH is considered a cell mediated autoimmune disorder. Several antigens have been implicated in the disease pathogenesis, but in most patients, the target molecules involved remain to be established. Genetic susceptibility is clearly important due to the autoimmune nature of the disease. The major susceptibility factor identified up to now is the HLA-DRB1 locus but other genes may play a role in the development of the disease. Different alleles have been associated with the disease in different parts of the world. These findings altogether point to a complex interplay of MHC and non-MHC linked genetic factors and yet unknown environmental triggers in the pathogenesis of autoimmune hepatitis.


Key words
Autoimmune hepatitis, autoantibodies, autoantigens, genetic susceptibility, HLA antigens

CONSIDERAÇÕES SOBRE A PATOGÊNESE DA HEPATITE AUTO-IMUNE

(especial para SIIC © Derechos reservados)

Artículo completo
A hepatite auto-imune (HAI) é uma doença inflamatória crônica do fígado de etiologia desconhecida, que evolui, freqüentemente, para cirrose hepática, na ausência de tratamento imunossupressor. A doença acomete, usualmente, pacientes jovens do sexo feminino e caracteriza-se pela presença de hipergamaglobulinemia, autoanticorpos circulantes não-órgão específicos e alterações histológicas no parênquima hepático caracterizadas pela presença de hepatite de interface com infiltrado inflamatório composto preponderantemente por linfócitos T ativados e plasmócitos.1-3
A característica de um processo auto-imune é a reatividade anômala dirigida contra alvos antigênicos nos próprios tecidos do indivíduo. Apesar de manifestações extra-hepáticas auto-imunes ocorrerem em cerca de 10%-30% dos pacientes com HAI, o órgão-alvo da lesão é o fígado e os hepatócitos periportais são as células preponderantemente envolvidas. Nas células apresentadoras profissionais como células dendríticas, macrófagos ou células de Kupffer, ocorre a apresentação dos antígenos através das moléculas HLA aos linfócitos T de fenótipo auxiliador. Na presença de sinais co-estimulatórios, o reconhecimento de peptídeos antigênicos pelos receptores de linfócitos T (RCT) levam a sua ativação, proliferação com formação de clones e produção de citocinas e fatores que auxiliarão no recrutamento de outras células.4 Os linfócitos T do tipo auxiliador (CD4+) são as células que orquestram a resposta imunológica que inclui linfócitos T CD8+ (citotóxicos); linfócitos B e plasmócitos (células secretoras de anticorpos) e macrófagos. Clones T CD4+, infiltrantes no fígado de pacientes com hepatite auto-imune já foram identificados sem, no entanto, compartilhar um padrão único de RCT nos diversos pacientes.5-7 Por outro lado, vários auto-anticorpos órgão específicos e não-órgão específicos já foram identificados em pacientes com HAI, mas sua relevância na patogênese da doença é controversa. Os anticorpos contra microssoma de fígado e rim do tipo 1, citosol hepático do tipo 1, antígeno hepático solúvel e receptor da asialoglicoprotéina reconhecem, respectivamente, epitopos do CYP2D6, da formiminotransferase ciclodeaminase, do receptor da asialoglicoproteína (glicoproteína de membrana hepatocelular) e de uma ribonucleoproteína. A maioria dos outros auto-anticorpos associados à HAI reconhecem proteínas citoplasmáticas e antígenos nucleares ubiquitários.
Os outros elementos que protagonizam a resposta auto-imune são as moléculas HLA que apresentam os peptídeos. Estas têm sido os alvos sistemáticos dos estudos que buscam identificar os responsáveis pelo desencadeamento da HAI.
A prevalência da HAI não foi adequadamente estudada. Estima-se que cerca de 10% dos pacientes com doença hepática crônica seja portador de HAI.8 Ocorre esporadicamente em habitantes de certas regiões do Mediterrâneo e em países asiáticos, sendo freqüente no Norte da Europa9 e Austrália.10 No Brasil, a HAI é considerada uma causa rara de doença hepática crônica, compreendendo cerca de 5%-10% das doenças hepáticas nos principais centros de gastroenterologia do país.11,12 A classificação dos sub-tipos, aceita pela maioria dos autores13,14 baseia-se na presença de auto-anticorpos sem especificidade para determinado órgão e que não aparentam ser patogênicos.1,15,16 O tipo1 (HAI-1) ocorre quando há positividade para anticorpo anti-músculo (AAML), particularmente para anticorpo anti-actina (AAA), associado ou não a anticorpos antinucleares (AAN) e o tipo 2 (HAI-2) quando há positividade para anticorpo anti-microssomal fígado-rim-1 (AAMFR-1) e/ou para o anticorpo anticitosol hepático do tipo 1 (AACH1). Uma terceira variante de HAI caracterizada pela presença de auto-anticorpos dirigidos contra UDP-glucuronosyl-transferase foi recentemente proposta não sendo aceita pela maioria dos autores como um subtipo particular da doença.17
A classificação da HAI é sustentada pela heterogeneidade clínica da doença. Os pacientes com HAI-2, quando comparados aos portadores de HAI-1, apresentam características peculiares no início da enfermidade, tais como: menor idade, maior freqüência de hepatite fulminante, níveis mais elevados de bilirrubinas e de aminotransferases e mais reduzidos de gamaglobulinas.8,12,18 O tipo 2 é também mais raro que o tipo 1, sendo descrito particularmente em crianças da Europa Ocidental e América do Sul. Ambos os tipos apresentam resposta semelhante ao tratamento imunossupressor.13
Os dois tipos principais de HAI são diferentes também no perfil imunogenético. A predisposição genética é primariamente associado ao gene HLA-DRB1.19 Na Europa e Estados Unidos estudos mostraram associação do haplótipo HLA A1-B8-DR3 (DRB1*0301) e secundariamente ao HLA-DR4(DRB1*0401) com HAI-1.20 No Japão e na China foi observada associação com HLA-DR4 (DRB1*0405).21,22 Na Argentina, Fainboim et al.23 observaram associação de HAI-1 com as especificidades HLA-DR13 (DRB1*1301) e DQ6. Na Argentina e no México também foi observada a associação, respectivamente, com alelos DRB1*0405 e DRB1*0404.24,25 Já no Brasil, numa série de trabalhos conduzidos pelo nosso grupo26-28 foi observada a associação primária da HAI-1 com HLA- DR13 (DRB1*1301) em adultos e crianças e associação secundária com HLA-DR3 (DRB1*0301). Por outro lado, nos pacientes com HAI-2, a associação com HLA-DR7 e secundariamente com DR3 estava presente, reforçando a noção da dicotomia dos tipos de HAI.26
A diversidade na seqüência de aminoácidos presentes nos alelos do gene HLA-DRB1 associados à HAI-1 levou vários autores a proporem a existência de padrões ou motivos compartilhados na molécula HLA que permitiriam a apresentação de peptídeos antigênicos iguais ou muito semelhantes e como conseqüência, levariam ao desencadeamento da auto-imunidade e à instalação da doença.19,29-32 No entanto, os padrões propostos levam em conta parte dos alelos associados não sendo possível estabelecer-se um padrão único.33
A associação de HAI observada com genes HLA de classe II é uma das mais relevantes conhecidas, com riscos relativos sempre acima de 5, mas apenas em algumas formas clínicas há identificação do antígeno-alvo. O antígeno alvo na HAI-2 já pode ser caracterizado, devido a presença de anticorpos dirigidos contra a isoforma 2D6 do citocromo P450.34-36 Anti-CYP2D6 são encontrados em pelo menos 75% dos pacientes com HAI-2.34,35 A reativididade contra outros antígenos alvo, tais como a glutationa S-transferase, receptor de asialoglicoproteína, citoqueratina 19, citosol hepático tipo 1, DNA e cromatina, já foi rastreada, mas parece se correlacionar melhor com a progressão da doença.37-41 Por outro lado, não há até o momento confirmação da F-actina como auto-antígeno da forma mais freqüente de HAI, a tipo 1.42 Por fim, muitos destes auto-anticorpos não são específicos das hepatites auto-imunes, e na verdade, assim como com os anticorpos dirigidos contra a actina, são encontrados nas mais diversas manifestações de auto-imunidade.
Várias explicações são possíveis para as diferentes associações observadas. Por um lado, perfis clínicos e laboratoriais indicam uma heterogeneidade de formas de uma mesma doença, com indícios que os antígenos alvo possam de fato ser diferentes. Não pode ser descartada uma origem pelo mecanismo de mimetismo molecular com um patógeno ainda não identificado, que poderia também variar conforme a região ou país, levando ao reconhecimento cruzado e desencadeamento da auto-imunidade a partir de epitopos diferentes. O virus do herpes simples, do sarampo e das hepatites A e B já foram sugeridas.16,43,44 Na Argentina, um curso clínico atípico de hepatite aguda por vírus A, de maior duração e com auto-anticorpos positivos, foi associado à presença de HLA-DRB1*1301,45 inferindo-se que o vírus da hepatite A pudesse estar relacionado à presença de auto-anticorpos e mesmo ao desencadeamento de HAI. Contudo, a análise da prevalência de IgG para VHA nos pacientes brasileiros com HAI e em controles históricos, pareados por faixa etária, não demonstrou nenhum aumento significante na prevalência de infecção por VHA em pacientes com HAI, nem revelou freqüência aumentada de sorologia positiva para VHA em portadores de HAI com HLA-DRB1*1301 quando comparados a pacientes com outros antígenos HLA-DR (Bittencourt PL et al., dados não publicados).
Mesmo na ausência de um patógeno identificável, é possível que uma suscetibilidade anômala à lesão hepatocelular leve ao aparecimento, no próprio tecido hepático, de neo-antígenos ou antígenos crípticos, previamente seqüestrados ou escondidos, que se tornam então reconhecíveis. Esta poderia ser uma explicação para a forte presença da resposta humoral anti-músculo liso, que aparentemente reconhece estruturas do citoesqueleto, particularmente filamentos de actina polimerizada.46-48 Componentes adicionais de suscetibilidade, como a presença de polimorfismos que alteram a transcrição de TNF alfa ou CTLA4 vem sendo também investigados, mas também mostram padrões regionais ora com associação positiva ora sem significância.49-53 Assim, apesar dos grandes avanços já registrados no conhecimento da etiopatogenia da hepatite auto-imune, questões cruciais ainda permanecem não resolvidas: a natureza do auto-antígeno na HAI-1, o perfil mais completo de uma suscetibilidade genética que leva a auto-imunidade num órgão tradicionalmente considerado imuneprivilegiado e o papel de fatores ambientais e de patógenos no desencadeamento da doença.
Los autores no manifiestan conflictos.


Bibliografía del artículo

  1. Cançado ELR, Farias AQ, Bittencourt PL. Hepatite auto-imune. Em Silva LC. Hepatites agudas e crônicas. Sarvier, São Paulo, 2003: 278-295.
  2. Czaja AJ & Freese DK. Diagnosis and treatment of autoimmune hepatitis. AASLD Practice Guidelines. Hepatology 2002; 36: 479-497.
  3. Krawitt EL. Autoimmune hepatitis: Classification, heterogeneity, and treatment. Am. J. Med., 1994; 96:23S-6S.
  4. Hashimoto E, Lindor K, Homburger HA, et al. Immunohistochemical characterization of hepatic lymphocytes in primary biliary cirrhosis in comparison with primary sclerosing cholangitis and autoimmune chronic active hepatitis. Mayo Clin Proc 1993; 68:1049-55.
  5. Arenz M, Meyer zum Büschenfelde KW, Löhr HF. Limited T cell receptor Vβ-chain repertoire of liver-infiltrating T cells in autoimmune hepatitis. J Hepatol 1998; 28:70-7.
  6. Lohr HF, Pingel S, Weyer S, Fritz T, Galle PR. Individual and common antigen-recognition sites of liver-derived T cells in patients with autoimmune hepatitis. Scand J Immunol. 2003 57(4):384-90.
  7. Yoshizawa K, Ota M, Katsuyama Y, Ichijo T, Inada H, Umemura T, Tanaka E, Kiyosawa K. T cell repertoire in the liver of patients with autoimmune hepatitis. Hum Immunol. 1999;60(9):806-15.
  8. Gregorio GV, Portman B, Reid E et al. Autoimmune hepatitis in childhood – A 20-year experience. Hepatology 1997; 25:541-547.
  9. Paronetto F, Sagnelli E. Immunologic observations in chronic active hepatitis: a disease of different etiologies. Pathol Annu 1980; 10: 157-181.
  10. Mackay IR. Immunological aspects of chronic active hepatitis. Hepatology 1983; 3: 724-728.
  11. Silva LC, Carrilho FJ, Di Pietro A, et al. Chronic hepatitis in São Paulo, Brazil. General data and clinical forms. Gastrointest Hepatol 1986; 9: 340-343.
  12. Cançado ELR & Porta G. Autoimmune hepatitis in South America. Manns MP, Paumgartner G, Leuschner U, editors. In Immunology and the Liver. Falk symposium 114, Kluwer Academic Publishers and Falk Foundation, 2000, p. 82-92.
  13. Alvarez F, Berg PA, Bianchi FB, et al. International Autoimmune Hepatitis Group report: review of criteria for diagnosis of autoimmune hepatitis. J Hepatol 1999;31:929-38.
  14. Manns MP & Strassburg CP. Autoimmune hepatitis: Clinical Challenges. Gastroenterology 2001; 120: 1502-1517.
  15. Abuaf N, Johanet C, Homberg JC. Autoantibodies in autoimmune chronic active hepatitis. In: Krawitt E, Wiesner RH, ed. Autoimmune liver diseases. New York: Raven Press, 1991; 93-109.
  16. Czaja AJ. Autoimmune hepatitis. Evolving concepts and treatment strategies. Dig Dis Sci, 1995; 40:435-56.
  17. Obermayer-Straub P, Manns MP. Cytochromes P450 and UDP-glucuronosyl-transferases as hepatocellular autoantigens.Baillieres Clin Gastroenterol. 1996;10(3):501-32.
  18. Homberg JC, Abuaf N, Bernard O, et al. Chronic Active hepatitis associated with antiliver/kidney microsome antibody type 1: A second type of autoimmune hepatitis. Hepatology 1987;7:1333-9.
  19. Donaldson PT, Czaja AJ. Genetic effects on susceptibility, clinical expression, and treatment outcome of type 1 autoimmune hepatitis. Clin Liver Dis 2002; 6:419-37.
  20. Donaldson PT, Doherty DG, Hayllar KM et al. Susceptibility to autoimmune chronic active hepatitis: human leucocyte antigens DR4 and A1-B8-DR3 are independent risk factors. Hepatology 1991;13:701-706.
  21. Seki T, Kiyosawa K, Inoko H et al. Association of autoimmune hepatitis wiyh HLA-Bw54 and DR4 in Japanese patients. Hepatology 1990; 12:1300-1304.
  22. Qiu DK, Ma X. Relationship between human leukocyte antigen-DRB1 and autoimmune hepatitis type I in Chinese patients.J Gastroenterol Hepatol. 2003;18(1):63-7.
  23. Fainboim l, Marcos Y, Pando M et al. Chronic active autoimmune hepatitis in children. Strong association with a particular HLA-DR6 (DRB1* 1301) haplotype. Hum. Immunol. 1994;41:146-150
  24. Pando M, Larriba J, Fernandez GC, Fainboim H, Ciocca M, Ramonet M, et al. Pediatric and adult forms of type 1 autoimmune hepatitis in Argentina: evidence for differential genetic predisposition. Hepatology 1999;30:1374-1380.
  25. Vazquez-Garcia MN, Alaez C, Olivo A, Debaz H, Perez-Luque E, Burguete A, et al. MHC class II sequences of susceptibility and protection in Mexicans with autoimmune hepatitis. J Hepatol. 1998;28:985-990.
  26. Bittencourt PL, Goldberg AC, Cançado ER, Porta G et al. Genetic heterogeneity in susceptibility to autoimmune hepatitis types 1 and 2. Am. J. Gastroenterol. 1999; 94: 1906-1913.
  27. Bittencourt PL, Goldberg AC, Cançado ELR, Porta G, Laudanna AA, Kalil, J. Different HLA profiles confer susceptibility to Autoimmune Hepatitis Type 1 and 2. Letter to the Editor. Amer J Gastroent 1998; 93 (8): 1394-1395.
  28. Goldberg AC, Bittencourt PL, Mougin B, Cançado ELR, Porta G, Carrilho F, Kalil J. Analysis of HLA haplotypes in autoimmune hepatitis type 1: identifying the major susceptibility locus, Human Immunol 2001; 62(2): 165-9.
  29. Czaja AJ, Strettell MDJ, Thomson LJ, et al. Associations between alleles of the major histocompatibility complex and type 1 autoimmune hepatitis. Hepatology 1997;25:317-323.
  30. Strettell MDJ, Donaldson PT, Thomson LJ, SB, et al. Allelic basis for HLA-encoded susceptibility to type 1 autoimmune hepatitis. Gastroenterology 1997;112:2028-2035.
  31. Doherty DG, Donaldson PT, Underhill JA, Farrant JM, Duthie A, Mieli-Vergani G, et al. Allelic sequence variation in the HLA class II genes and proteins in patients with autoimmune hepatitis. Hepatology 1994;19:609-615.
  32. Seki T, Ota M, Furuta S, Fukushima H, Kondo T, Hino K, et al. HLA class II molecules and autoimmune hepatitis susceptibility in Japanese patients. Gastroenterology 1992;103:1041-1047.
  33. Czaja AJ, Souto EO, Bittencourt PL, et al. Clinical distinctions and pathogenetic implications of type 1 autoimmune hepatitis in Brazil and the United States. J Hepatol 2002; 37: 302-308.
  34. Yamamoto AM, Cresteil D, Boniface O et al. Identification and analysis of cytochrome P450IID6 antigenic sites recognized by anti-liver-kidney microsome type-1 antibodies (KLM-1). Eur. J. Immunol 1993; 23:1105-1111.
  35. Manns MP, Johnson EF, Griffin KJ et al. Major antigen of liver kidney microsomal antibodies in idiopathic autoimmune hepatitis is cytochrome P450db1. J. Clin. Invest. 1989; 83:1066-1072.
  36. Sugimura T, Obermayer-Straub P, Kayser A, Braun S, Loges S, Alex B, Luttig B, Johnson EF, Manns MP, Strassburg CP. A major CYP2D6 autoepitope in autoimmune hepatitis type 2 and chronic hepatitis C is a three-dimensional structure homologous to other cytochrome P450 autoantigens. Autoimmunity 2002;35(8):501-13.
  37. Czaja AJ, Shums Z, Norman GL. Frequency and significance of antibodies to soluble liver antigen/liver pancreas in variant autoimmune hepatitis.Autoimmunity 2002 ;35(8):475-83.
  38. Murota M, Watanabe S, Fujita J, Ohtsuki Y, Wu F, Yoshida S, Kita Y, Funakoshi F, Masaki T, Kurokohchi K, Uchida N, Ishida T, Kuriyama S. Aberrant cytokeratin expression and high susceptibility to apoptosis in autoimmune hepatitis. Hepatol Res. 2003;25(3):271-280.
  39. Miyakawa H, Kawashima Y, Kitazawa E, Kawaguchi N, Kato T, Kikuchi K, Imai E, Fujikawa H, Hashimoto E, Schlumberger W. Low frequency of anti-SLA/LP autoantibody in Japanese adult patients with autoimmune liver diseases: analysis with recombinant antigen assay. J Autoimmun. 2003;21(1):77-82.
  40. Lapierre P, Johanet C, Alvarez F. Characterization of the B cell response of patients with anti-liver cytosol autoantibodies in type 2 autoimmune hepatitis.Eur J Immunol. 2003;33(7):1869-78.
  41. Kato T, Miyakawa H, Ishibashi M. Frequency and significance of anti-glutathione S-transferase autoantibody (anti-GST A1-1) in autoimmune hepatitis. J Autoimmun. 2004;22(3):211-6.
  42. Zamanou A, Samiotaki M, Panayotou G, Margaritis L, Lymberi P. Fine specificity and subclasses of IgG anti-actin autoantibodies differ in health and disease. J Autoimmun. 2003;20(4):333-44.
  43. Manns MP. Hepatotropic viruses and autoimmunity 1997. J Viral Hepatitis 1997;4:1-7
  44. Vento S, Garofano T, Di Perri G, Dolci L, Concia E, Bassetti D. Identification of hepatitis A virus as a trigger for autoimmune chronic hepatitis type 1 in susceptible individuals. Lancet 1991;337:1183-1187.
  45. Fainboim L, Velasco VCC, Marcos CY, Ciocca M, Roy A, Theiler G et al. Protracted, but not acute, hepatitis A virus infection is strongly associated with HLA-DRB1*1301, a marker for pediatric autoimmune hepatitis. Hepatology 2001;33:1512-1517.
  46. Gabbiani G, Ryan GB, Lamelin JP, Vassali P, Majno G, Bouvier CA et al. Human smooth muscle auto-antibody. Its identification as antiactin antibody and a study of its binding to "non muscular" cells. Am J Pathol 1973; 72: 473-88.
  47. Morshed SA, Parveen S, Nishioka M. Antibodies to cytoskeleton antigens in autoimmune liver diseases. In: Krawitt EL, Wiesner RH, Nishioka M ed. Autoimmune liver diseases. New York, Elsevier Science BV, 1998; p.217-256.
  48. Cançado ER, Vilas-Boas LS, Abrantes-Lemos CP et al. Heat serum inactivation as a mandatory procedure for anti-actin antibody detection in cell culture. Hepatology 1996, 23:1098-1104.
  49. Cookson S, Constantini PK, Clare M, Underhill JA, Bernal W, Czaja AJ et al. Frequency and nature of cytokine gene polymorphisms in type 1 autoimmune hepatitis. Hepatology 1999;30:851-856.
  50. Czaja AJ, Cookson S, Constantini PK, Clare M, Underhill JA, Donaldson PT. Cytokine polymorphisms associated with clinical features and treatment outcome in type 1 autoimmune hepatitis. Gastroenterology 1999;117:645-652.
  51. Bittencourt PL, Palacios SA, Cancado ELR, Porta G, Drigo S, Carrilho FJ et al. Autoimmune hepatitis in Brazilian patients is not linked to tumor necrosis factor polymorphisms at position -308. J Hepatol 2001;35:24-28.
  52. Agarwal K, Czaja AJ, Jones DEJ et al. CTLA-4 gene polymorphism and susceptibility to type 1 autoimmune hepatitis. Hepatology 2000;31:49-53.
  53. Bittencourt PL, Palacios SA, Cancado EL, Porta G, Carrilho FJ, Laudanna AA, Kalil J, Goldberg AC. Cytotoxic T lymphocyte antigen-4 gene polymorphisms do not confer susceptibility to autoimmune hepatitis types 1 and 2 in Brazil. Am J Gastroenterol. 2003;98(7):1616-20.
© Está  expresamente prohibida la redistribución y la redifusión de todo o parte de los  contenidos de la Sociedad Iberoamericana de Información Científica (SIIC) S.A. sin  previo y expreso consentimiento de SIIC

anterior.gif (1015 bytes)

 


Bienvenidos a siicsalud
Acerca de SIIC Estructura de SIIC


Sociedad Iberoamericana de Información Científica (SIIC)
Arias 2624, (C1429DXT), Buenos Aires, Argentina atencionallector@siicsalud.com;  Tel: +54 11 4702-1011 / 4702-3911 / 4702-3917
Casilla de Correo 2568, (C1000WAZ) Correo Central, Buenos Aires.
Copyright siicsalud© 1997-2024, Sociedad Iberoamericana de Información Científica(SIIC)