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ABDOMINOPLASTIAS: DIFERENTES TECNICAS PARA DIFERENTES PACIENTES
(especial para SIIC © Derechos reservados)
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Autor:
Luis F. Mitre
Columnista Experto de SIIC



Artículos publicados por Luis F. Mitre 

Recepción del artículo: 20 de junio, 2000

Aprobación: 10 de julio, 2000

Primera edición: 7 de junio, 2021

Segunda edición, ampliada y corregida 7 de junio, 2021

Conclusión breve
Os métodos aqui exposto nos tem dado bons resultados, poucas complicaƒoes e elevada satisfaƒËo por parte dos pacientes.

Resumen



Clasificación en siicsalud
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Especialidades
Principal: Cirugía
Relacionadas: Medicina Interna

ABDOMINOPLASTIAS: DIFERENTES TECNICAS PARA DIFERENTES PACIENTES

(especial para SIIC © Derechos reservados)

Artículo completo
ResumoOs autores descrevem neste trabalho o que fazer nos diferentes pacientes com alteraƒoes do abdome.Com o objetivo principal de provocarem o menor trauma, mínimas e ocultas cicatrizes, propoem aplicar múltiplas técnicas.Expoem suas consideraƒoes quanto a import?ncia da avaliaƒËo do paciente, pois é neste momento em que determinaremos a cirurgia a ser realizada, baseada no limite da forma e no desejo do paciente. Avaliando a qualidade da pele quanto a sua flacidez, presenƒa de estrias, cicatrizes, lipodistrofia e diastase muscular abdominal. A partir daí o paciente passa a ser identificado dentro de uma classificaƒËo específica segundo suas alteraƒoes anatŠmicas que nos conduzirá a uma abordagem cirúrgica mais adequada.As técnicas cirúrgicas utilizadas sËo: lipoaspiraƒËo combinada, miniabdominoplastia, abdominoplastia clássica e plicatura dos músculos reto abdominais completa, superior ou inferior. Esta técnica pode ser realizada isoladamente ou combinada uma com as outras de acordo com a melhor indicaƒËo clínica de cada paciente.IntroduƒËoO abdome sempre foi observado como expressËo de grande valia no padrao estético do indivíduo. Representaƒoes artísticas antigas mostram silhuetas abdominais volumosas, possivelmente denotando saúde e boas condiƒoes reprodutivas, como ilustra a Pré-histórica "V„nus de Willendorf".Em 1890 Demers e Marx deram o primeiro passo na evoluƒËo da Abdominoplastia, fazendo ressecƒËo do excesso de pele e tela subcut?nea abdominal, segundo tese de Voloir. Nove anos após, Kelly foi o primeiro a usar a expressËo lipectomia abdominal, realizando ressecƒËo elíptica horizontal de pele e tecido adiposo subcut?neo do abdome, incluindo o umbigo. Em 1906, Babcock inova, realizando técnicas transversas e verticais. Tr„s anos após, Weinhold, faz ressecƒËo em forma de estrela de tr„s pontos, conservando o umbigo. Jolly em 1911 realizou ressecƒËo infra - umbilical, em forma de fatia de melao, dando o primeiro passo ao que hoje se define por Mini - abdome. Neste mesmo ano, Amedée Morrestin, descreve Dermolipectomia transversal elíptica associada é Cirurgia de H. Umbilical. Em 1918, Schepelman, primeiro a plicar aponeurose, classifica abdome em globoso e pendular. Dujarrier em 1920 faz a primeira curetagem de tecido celular subcut?neo de quadril que evolui com necrose, primeiro passo na evoluƒËo até o advento da LipoaspiraƒËo. Em 1924, Thorek descreve técnica com cicatriz horizontal fusiforme em forma de crescente. Em 1936, Biesemberger foi o primeiro a descrever técnica mista onde descrevia incisËo vertical média e incisËo horizontal.Em 1940, Somelo descreve incisËo circular horizontal do tronco. Em 1942, Thorek, realiza incisËo horizontal supra - umbilical ou inframamária, em forma de asa de morcego, para ressecar excesso de pele e gordura epigástrica ou supra - umbilical. Em 1951, Fernandes e Irene Talamars, descrevem técnica em "S" horizontal bilateral supra e infra-umbilical. 1956 Andrews descreve incisËo cŠncava cranial com os extremos junto aos rebordos costais e a parte média junto ao monte de V„nus.Em 1957, Berson, descreve dermolipectomia abdominal invertida com incisËo horizontal epigástrica ou supra - umbilical. Ainda neste ano, Gilles, de maneira radical, faz ressecƒËo de todo subcut?neo abdominal e repara com enxerto de pele. Em 1960, Willian Callia, descreve incisËo em forma de guidon de bicicleta com enxerto de pele decorticada sobre a aponeurose para se fazer reforƒo da mesma, mais neo - onfaloplastia. Em 1967, Pitanguy, deu grande evoluƒËo é história das abdominoplastias, descrevendo Dermolipectomia horizontal baixa com os extremos da incisËo oblíquos para fora e para baixo, uso de gesso no curativo; incisËo horizontal de concavidade cranial para o umbigo ; deu grande import?ncia a plicatura de aponeurose dos músculos reto abdominais desde o xifóide até o púbis. Ainda neste ano, Barraya descreve técnica cuja cicatriz é ?ncora no umbigo. Em 1970, Joseph, dá inicio ao primeiro estágio na evoluƒËo da lipoaspiraƒËo, apresentando na primeira reuniao da International Sociaty of Aesthetic Plastic Surgery no Rio de Janeiro, a "lipoexerese" ou "remoƒËo de gordura", descrita como técnica de curetagem refinada. Em 1972, Rebello C. e Franco T., descreveram dermolipectomia abdominal invertida com incisËo submamária. Ao final da década de 70, o segundo estágio na evoluƒËo da lipoaspiraƒËo tomou lugar as técnicas de Arpad e Fischer (1976), Meyer (1976) e Kesserling (1978). O terceiro estágio inicia-se com Ives - Gerald Illouz (1977)1,3,4 introduzindo o tratamento aspirativo das lipodistrofias com o uso de c?nulas de alto poder de sucƒËo, associado é infiltraƒËo de soluƒËo salina e hialuronidase ( wet technique ).Em 1982, de Souza Pinto, inicia a abordagem desta camada superficial (areolar) na parede abdominal, associando este procedimento ao tratamento da camada profunda5-9, e em 1983, abrange também a regiao dorsal. Neste ano, de Souza Pinto recebe ao seu serviƒo Dr Marco Gasparotti que desejava conhecer esta técnica. Em 1983, Greminger, descreve mini - abdominoplastia em "W", sem ultrapassar crista ilíaca antero superior. A utilizaƒËo da Agulha de Reverdim veio contribuir como um recurso onde se utiliza incisËo mínima. É considerada historicamente como a precursora da cirurgia endoscópica abdominal.Em 1984, Psillakis, descreve técnica que melhorava regiao da cintura, flancos e fossas ilíacas, fazendo plicatura dos músculos oblíquos externos.Nesta década, Cardoso de Castro, Cupello e Cintra, por pequena incisËo utilizavam afastadores longos com fibra óptica para fazer plicatura aponeurótica acima do umbigo. Em 1987, Jefry Klein, descreve técnica tumescente de hiperinfiltaƒËo com anestesia local para lipoaspiraƒËo de grandes volumes de gordura. Em 1990, Gasparotti, propaga a técnica denominada LipoaspiraƒËo superficial, que permite uma retraƒËo cut?nea adequada aliada a um contorno corporal harmonioso. Com as recentes inovaƒoes, nós comeƒamos a utilizar um método físico que veio inovar nossa técnica cirúrgica: a LipoaspiraƒËo UltrassŠnica Assistida. Gradativamente, outras regioes comeƒaram a ser tratadas com esta técnica, como: submentoniana, coxas, promontório, joelhos, etc. Para tratamento das celulites, tornou - se necessário a elaboraƒËo de c?nulas utilizadas para romper as traves do tecido conectivo e liberar a gordura implantada de maneira anŠmala, algumas dessas sem funƒËo de lipoaspirar.Numerosas t„m sido as classificaƒoes clínicas e terap„uticas6,7,11,12,15,22-24 elaboradas no transcorrer deste século, objetivando o tratamento adequado a cada tipo de lipodistrofia abdominal, buscando o melhor resultado estético para cada paciente. Em 1987 iniciamos uma ClassificaƒËo Clínicoerap„utica orientando o melhor procedimento cirúrgico a adotar em cada caso, respeitando as condiƒoes individuais próprias, resultando em menos cicatrizes e menor trauma cirúrgico, conseqüentemente melhor resultado de acordo com as alteraƒoes anatŠmicas do paciente.1,2,6AvaliaƒËo clínica do pacienteProcuramos realizar uma semiologia pré-operatória pormenorizada. Na avaliaƒËo clínica interrogamos a variaƒËo de peso, gestaƒoes e cirurgias prévias abdominais. sËo observados par?metros da qualidade da pele como: turgor, elasticidade, flacidez, presenƒa de cicatrizes ou estrias e o local de predomínio do excesso gordura.A palpaƒËo do abdome determinará a presenƒa ou nao de diastase dos músculos reto-abdominais e sua localizaƒËo, que pode ser completa, supra ou infra-umbilical, que quando estËo presentes, indicaremos a plicatura desse músculo.Avalia-se ainda o paciente como um todo, dando import?ncia ao contorno das regioes vizinhas do abdome, observando seus acúmulos de gordura, como na cintura (love handles) e paredes laterais. Buscando com a associaƒËo destes tratamentos nestas áreas a harmonizaƒËo do contorno corporal.Salientamos que cada paciente é um indivíduo único, que traz consigo particularidades, nao somente o número de gestaƒoes ou cirurgias abdominais prévias como também hábitos pessoais; que devem ser levados em consideraƒËo no planejamento cirúrgico.23,24AnatomiaNosso interesse na cirurgia da parede abdominal se concentra no tecido adiposo subcut?neo, nos músculos abdominais e na pele. A pele em situaƒËo normal apresenta - se delgada (2 a 4 mm de espessura), elástica e móvel, exceto na regiao correspondente a cicatriz umbilical onde o próprio umbigo fixa a pele é aponeurose. Vários fatores intrínsecos de suscetibilidade individual e fatores extrínsecos atuam sobre esta delicada estrutura (gravidez, dieta, alteraƒoes org?nicas e hormonais,). As distensoes e retraƒoes na grande maioria das vezes sËo a causa etiológica na formaƒËo de estrias com ruptura das fibras elásticas e colágenas.O tecido adiposo subcut?neo que tem duas camadas separadas pela fáscia superficial (Fáscia de Scarpa) que é dividida em uma camada superficial - camada areolar- constituída por glóbulos gordurosos pequenos compactos e firmes, divididos em compartimentos por septos fibrosos, e uma camada profunda - camada lamelar - formada por glóbulos gordurosos mais frouxos e regulares. Esta camada é responsável pelos acúmulos gordurosos nas lipodistrofias abdominais sendo, portanto a principal área de atuaƒËo da lipoaspiraƒËo no emagrecimento deste tecido. A c?nula ao passar no plano superficial estimula as fibras de colágeno levando a uma melhor retraƒËo cut?nea. O sistema músculo-aponeurótico da parede abdominal é constituído por músculos em cada lado. Na regiao anterior o músculo reto abdominal e piramidal. Anterolateralmente o oblíquo externo, oblíquo interno e transverso do abdome. A funƒËo dos músculos é vital para manter a postura e locomoƒËo corporal e a funcionalidade intestinal. Os músculos retos t„m uma bainha que se cruza na linha media para formar a "linha alba" que se afeta com a flacidez e diastase.A vascularizaƒËo é representada por duas redes arteriais : o sistema sub-dérmico superficial e o sistema músculo-aponeurótico. Entre os dois sistemas existem comunicaƒoes de vasos anastomóticos, especialmente na regiao peri-umbilical. Hunger descreve a parede abdominal em tr„s zonas: Zona I: lado superior de abdome irrigado com o sistema epigástrico profundo. Zona II (hipogástrio): irrigada pela artéria ilíaca externa. Zona III (hipocŠndrio, flancos e fossas ilíacas): irrigada pela artéria diafragmáticas, intercostais e lombares, formando um complexo vascular primário que ajudam o retorno venoso do retalho depois da abdominoplastia.A drenagem venosa é feita pelo sistema tóraco-epigástrico (nível subcut?neo), pelos vasos axilares e pelos femorais.A drenagem linfática é constituída por dois sistemas: o superficial e profundo e pelo sistema ganglionar da zona axilar e o da zona inguinal.A inervaƒËo da parede abdominal é dada pelos nervos intercostais - D5 a D12 - e pelos nervos abdominocrurais maior e menor (que vem desde L1).25,26ClassificaƒËo de De Souza PintoA classificaƒËo é específica segundo suas alteraƒoes anatŠmicas para que sua indicaƒËo cirúrgica seja o mais adequado possível. Valorizamos a qualidade da pele quanto a sua flacidez, presenƒa de estrias, cicatrizes, lipodistrofia e diastase muscular abdominal. As técnicas cirúrgicas utilizadas sËo: lipoaspiraƒËo combinada, miniabdominoplastia, abdominoplastia clássica e plicatura dos músculos reto abdominais que podem ser realizadas isoladamente ou combinado uma com as outras de acordo com a melhor indicaƒËo clínica de cada paciente. (Tabela I)15 (AQUI VA LA TABELA 1)Técnica cirúrgicaDe acordo com esta classificaƒËo existe para cada tipo de abdome a indicaƒËo específica da técnica cirúrgica. Fica a critério do cirurgiao combinar alguma entre as várias alternativas cirúrgicas. Os pacientes sËo submetidos em sua maioria a anestesia geral de baixo fluxo associada a anestesia local infiltrativa, poucos sËo os casos em que é realizado anestesia peridural. LipoaspiraƒËo convencional combinada com ultrassónicaEstá indicada quando nao há excesso de pele, diastase muscular, porém possui excesso de gordura, podendo ser indicado nas lipodistrofias com pequena e média flacidez.Chamamos de lipoaspiraƒËo combinada a associaƒËo da lipoaspiraƒËo ultra-sŠnica com a lipoaspiraƒËo superficial e profunda.7,13Com o paciente demarcada nas zonas a serem lipoaspiradas, inicia-se a infiltraƒËo dos planos superficiais e profundos soluƒËo salina a 0,9% 500 ml, 10 ml de lidocaína a 2% e 1 ml de adrenalina a 1:1000). Primeiramente fazemos a lipoaspiraƒËo ultra-sŠnica para confecƒËo de túneis em planos profundos e simult?nea emulsificaƒËo da gordura. O tempo de duraƒËo da cirurgia diminui pois, observamos uma maior quantidade de gordura mobilizada em um menor intervalo de tempo. A segunda etapa está representada pela lipoaspiraƒËo profunda seguido pela superficial na gordura do panículo adiposo.7-13Mini-abdominoplastia. A miniabdominoplastia é indicada nos casos de flacidez de pele da regiao infra-umbilical com ou sem diastase do músculo reto abdominal.15Inicia-se com a marcaƒËo da pele do paciente em hipogástrio logo acima do púbis, nesta regiao é traƒada uma reta de aproximadamente 10 cm e que nao ultrapasse a regiao inguinal. Realiza-se um teste bi-digital da pele em hipogástrio tracionando-a para a regiao púbica a fim de definir o excesso de pele a ser retirado, com o cuidado de observar a forƒa exercida por esta traƒËo sobre o umbigo para que este nao altere seu formato. Sobre o ponto superior deste pinƒamento desenha-se um arco com extremidades na reta previamente desenhada delimitando a pele a ser retirada.Segue-se a cirurgia com a infiltraƒËo da pele com soluƒËo anestésica composta por 10 ml de xylocaína 10%, 0,5 ml de adrenalina 1:1000 diluído em 250 ml de soro fisiológico 0,9%9 sobre a reta em hipogástrio. É plicado o músculo reto abdominal em sua face interna desde o púbis até o umbigo com postos separados em fio inabsorvível. Caso nao estivermos diante de uma diastase da musculatura será realizada apenas a retirada do excesso de pele previamente demarcada. A hemostasia rigorosa concomitante é realizado, seguido de síntese por planos da pele.Plicatura dos músculos reto-abdominais com agulha de Reverdin. Esta técnica está indicada quando o paciente possui diastase muscular, boa qualidade de pele em hipogástrio e lipodistrofia variada.O paciente é marcado na pele no local da diastase abdominal. Através de uma incisËo na cicatriz umbilical realiza-se o descolamento do panículo adiposo da área com diastase até visualizaƒËo dos bordos dos músculos reto-abdominais, sËo utilizados uma tesoura de dissecƒËo e um afastador de fibra óptica luminoso para auxiliar a visualizaƒËo. Segue-se com uma hemostasia rigorosa.17,18A plicatura é feita com o fio mononylon 2.0 montado em uma agulha de Reverdin que ultrapassa a pele, transfixa a aponeurose do músculo reto-abdominal, atinge o bordo do músculo do lado oposto e sai pela pele do outro lado, ou seja, teremos o fio com suas duas extremidades do lado de fora da pele. Faz-se a traƒËo dos fios para dentro da parede abdominal através do orifício umbilical e confeccionam-se os nós aproximando-os junto és aponeuroses. Estes pontos sËo iniciados a partir da regiao proximal ao orifício e vao sendo repetidos quantas vezes forem necessários em sentido cranial, sËo deixados reparados para facilitar a confecƒËo dos pontos seguinte até fechamento completo da diastase do epigástrio.A cirurgia é completada com o fechamento da pele com pontos separados em fio inabsorvível.Obtemos melhores resultados quando associamos esta técnica é lipoaspiraƒËo.Abdominoplastia clássica e lipoaspiraƒËo invertida. A Abdominoplastia clássica está indicada nos abdomens que possuem grande excesso de pele, diastase de músculo reto abdominal, lipodistrofia localizada, excesso de estrias, cicatrizes e abdome pendular.Antecedendo a cirurgia, o paciente é demarcada em sua pele nas regioes onde serao lipoaspiradas como os flancos e o abdome superior. Caso o paciente seja portadora de abdome em avental, a dobra que este faz em nível do hipogástrio é demarcada com o paciente em posiƒËo ortostática.No centro cirúrgico é realizado a assepsia e anti-sepsia da pele com sabao com Polivinil Iodo Pirrolidona líquido a base de iodo com o paciente em ortostase, antes de iniciar a anestesia. A seguir o paciente é posicionada na mesa cirúrgica em decúbito dorsal horizontal.Demarca-se a pele com traƒado retilíneo em hipogástrio entre 5 a 6 centímetros de extensËo logo acima do púbis ou aproveitando a cicatriz cirúrgica prévia da cesárea. Da extremidade lateral desta marcaƒËo prolonga-se outro traƒado obliquamente até as cristas ilíacas anteriores fazendo um ?ngulo de 120( e de 12 a 14 centímetros de extensËo aproximadamente. Segue-se com a confecƒËo de um arco com concavidade para regiao caudal unindo os vértices daqueles traƒados sobre as cristas ilíacas de cada lado, sendo que o arco possui limite superior logo acima da cicatriz umbilical.Infiltra-se a pele na demarcaƒËo do hipogástrio e na área do retalho a ser retirado. Inicia-se a diérese da pele perpendicularmente e ao ultrapassar a derme, inclina-se a incisËo a 45(a fim de deixar um coxim de panículo adiposo no tecido que receberá o retalho de pele do epigástrio. Descola-se a pele da aponeurose dos músculos abdominais. O descolamento é amplo em hipogástrio e vai afunilando para a regiao mediana quando se ultrapassa a regiao supra-umbilical. O descolamento é suficiente até atingir as proximidades do ap„ndice xifóide. Hemostasia rigorosa é realizada concomitantemente. Ao atingir o descolamento do umbigo, este é dissecado da pele mantendo-o aderido somente é aponeurose. Todo tecido gorduroso do umbigo é retirado. Para facilitar este descolamento da pele do epigástrio é aponeurose, é ressecada ao meio o retalho de pele do hipogástrio até atingir a cicatriz umbilical.É plicado o músculo reto abdominal em sua face interna a fim de corrigir a diastase existente. Um espaƒo é deixado para passagem da cicatriz umbilical suficiente para nao estrangulá-lo.Todo o retalho descolado é tracionado para confirmar a capacidade deste em chegar é regiao cruenta da pele no púbis, esta manobra deve ser feita com o paciente em posiƒËo de semiflexao do tronco e dos membros inferiores, evitando-se traƒËo excessiva sobre o retalho. Realiza-se a diérese da pele sobre o semi-arco desenhado até a cicatriz umbilical, seguido da exérese do retalho do hipogástrio. O retalho restante é colocado em sua nova posiƒËo no hipogástrio por meio de um ponto plicando-os nesta regiao. Marca-se a pele para confecƒËo do neo-umbigo com a pinƒa de Pitanguy. Preferimos desenhar sobre a pele o formato de uma elipse de concavidade para cima ( ( ) sobre a qual será feita a diérese da pele. O tecido gorduroso desta regiao é retirado parcialmente com uma tesoura, sendo que o ponto de plicatura no púbis citado anteriormente é liberado previamente para facilitar esta manobra. sËo dados pontos na face interna do retalho sobre a aponeurose do músculo reto-abdominal a fim de evitar movimentos do retalho que facilitem a formaƒËo de seroma.Após a adequada acomodaƒËo do retalho por pontos de plicatura na pele, o excesso de pele que sobra nas laterais, mais conhecidos como "orelha de cachorro", é seccionado de modo que nao estenda muito além da demarcaƒËo preexistente. Um recurso que temos utilizado é o desengorduramento desta regiao seja com exérese com tesoura ou por lipoaspiraƒËo.Chamamos a atenƒËo ao método de "lipoaspiraƒËo abdominal reversa"7,13 que é realizado ao término da dermolipectomia e que consiste em realizar uma liposucƒËo ultra-sŠnica, profunda e superficial em sentido caudal, através de duas pequenas incisoes na regiao costal abaixo do sulco mamário anterior. Tomamos o cuidado de nao comunicar a área lipoaspirada com a área descolada da dermolipectomia.21,24Síntese por planos é dado na sub-derme e na pele.O resultado final da cicatriz é em "forma de biquíni" 12 que é uma incisËo bilateral horizontal inferior, 2 cm abaixo da linha do púbis, de 12 cm de extensËo longitudinal e que se estende obliquamente a 120° para cima rumo a crista ilíaca anterior.Complementando o contorno corporal, quando necessário, é feita a lipoaspiraƒËo dos flancos correspondentes ao prolongamentos dos "love handles", além de lipoaspiraƒËo superficial do epigástrio por técnica reversa descrita anteriormente.7,13 Cuidados pos-operatóriosEm todos os casos de abdominoplastia clássica e miniabdominoplastia16 mantivemos os pacientes com dreno aspirativo por 7 dias para evitar seroma e hematoma.Todas os pacientes saem do centro cirúrgico vestidas com uma malha compressiva e sËo orientados quanto é import?ncia da drenagem linfática por massagem manual, ultrassŠnica ou Indermo-terapia nos próximos 45 dias.Para se evitar sofrimento dérmico ou até mesmo necrose, temos utilizado ácido retinóico na subderme quando se observa uma defici„ncia de aporte sanguíneo, principalmente em fumantes.ComentariosProcuramos desenvolver de uma maneira racional uma técnica cirúrgica específica que melhor se aplique a cada tipo de abdome. A confecƒËo dos pontos de fixaƒËo no retalho é parede da musculatura abdominal nas dermolipectomias, como também, o uso de dreno aspirativo por 7 dias vem mostrando ser eficazes para evitar a formaƒËo de seroma e hematoma. A técnica de anestesia geral associada é infiltraƒËo de soluƒËo com anestésico local para confecƒËo da lipoaspiraƒËo e nos locais de incisËo v„m demonstrando ser seguro, sem observarmos complicaƒoes decorrentes desta técnica.O ácido retinóico aplicado na subderme mostrou-se eficaz no combate és defici„ncias de irrigaƒËo no tecido que apresentaram sinais de sofrimento. Para o médico, esta foi mais uma ferramenta para somar aos melhores resultados quando comparado com quadros no passado com esta alteraƒËo sem termos qualquer método compleme&ntar de tratamento.A lipoaspiraƒËo só veio acrescentar aos resultados da dermolipectomia, sem oferecer aumento dos riscos de complicaƒoes, desde que sejam seguidos alguns princípios como preservar as áreas que foram mobilizadas pela cirurgia, garantindo a irrigaƒËo do retalho da dermolipectomia24, como também nao emagrecer demasiadamente o retalho.Com a lipoaspiraƒËo o núme de dermolipectomia vem diminuindo, a prefer„ncia pela pequena cicatriz no lugar da dermolipectomia extensa é uma escolha que depende do resultado que se espera dentro do limite anatŠmico e o que a paciente deseja.Dentre as inúmeras vantagens da lipoaspiraƒËo superficial associada a ultra-sŠnica podemos observar uma maior eficácia no tratamento da lipodistrofia. A lipoaspiraƒËo melhorou com a prévia passagem da lipoaspiraƒËo ultrassŠnica levando a uma facilitaƒËo da aspiraƒËo da gordura que fica emulsificada e uma melhor contorno ao emagrecer a lipodistrofia. O tempo de cirurgia tornou-se menor com a utilizaƒËo da lipoaspiraƒËo combinada.Quase todas os pacientes tratadas pelo método de miniabdominoplastia eram portadores de lipodistrofia generalizada, porém seu aspecto final foi melhorado ao combinarmos esta técnica a lipoaspiraƒËo reversa.Procuramos evoluir a técnica de abdominoplastia clássica procurando a incisËo menor possível e a mais baixa possível ficando escondido sob a roupa íntima ou de praia, possibilitando ao paciente adequar-se melhor aos padroes da moda tropical. Consideramos o formato de biquíni um aspecto que o agrada, como também ao médico. Estamos com uma tend„ncia em descolarmos pouco menos que no passado, restringindo a área mais mediana e para mediana, com isso garantimos uma melhor irrigaƒËo e um melhor assinturamento do paciente.ConclusõesPodemos concluir dizendo que os métodos aqui exposto nos tem dado bons resultados, poucas complicaƒoes e elevada satisfaƒËo por parte dos pacientes.Temos observado que a técnica de lipoaspiraƒËo combinada tem melhorado o tempo e esforƒo operatório por ser uma técnica mais fácil e que permite aspirar maior quantidade de gordura em menor intervalo de tempo, inclusive nos tecidos duros e fibrosos.A adequada combinaƒËo de técnicas oferece ao cirurgiao uma nova visËo da cirurgia abdominal visto a particularidade de cada paciente, oferecendo melhores resultados finais.References1. Converse, J.M.: Reconstructive Plastic Surgery. Philadelphia & London, W. B. Sauders,1964.2. Voloir Apoud Sinder, R. : Cirurgia Plástica do Abdome. Ed. Ramil Sinder, Rio de Janeiro, 1979.3. 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