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UMA BREVE ABORDAGEM SOBRE O EFEITO DO DIABETES MELLITUS NOS NEURÔNIOS ENTÉRICOS
(especial para SIIC © Derechos reservados)
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Autor:
Luzmarina Hernandes
Columnista Experto de SIIC



Artículos publicados por Luzmarina Hernandes 

Recepción del artículo: 16 de abril, 2002

Aprobación: 16 de mayo, 2002

Primera edición: 7 de junio, 2021

Segunda edición, ampliada y corregida 7 de junio, 2021

Conclusión breve
Efeito do diabetes mellitus sobre a morfologia e sobre o número de neurônios mioentéricos e submucosos em ratos com diabetes mellitus induzido por estreptozootocina, bem como o papel de substâncias neuroprotetoras, como o ácido ascórbico, sobre estes plexos nervosos.

Resumen



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Especialidades
Principal: Nutrición
Relacionadas: Medicina Interna

UMA BREVE ABORDAGEM SOBRE O EFEITO DO DIABETES MELLITUS NOS NEURÔNIOS ENTÉRICOS

(especial para SIIC © Derechos reservados)

Artículo completo
RESUMO

As manifestações neurológicas do diabetes mellitus (DM) são observadas no sistema nervoso periférico, especialmente no sistema nervoso entérico. O DM promove o aumento na produção de radicais livres e nos níveis de sorbitol o que por sua vez provoca o aumento da osmolaridade intracelular e como conseqüência redução na transmissão do impulso nervoso. A associação destes fatores pode estar relacionado com a redução no número de neurônios mioentéricos e alterações na expressão de neuropeptídeos e podem ainda levar às manifestações clínicas que ocorrem no trato gastrointestinal dos diabéticos, tais como diarréia e/ou constipação. Em nosso laboratório estudamos o efeito do diabetes mellitus sobre a morfologia e sobre o número de neurônios mioentéricos e submucosos em ratos com diabetes mellitus induzido por estreptozootocina, bem como o papel de substâncias neuroprotetoras, como o ácido ascórbico, sobre estes plexos nervosos. Palavras chave: ácido ascórbico, diabetes mellitus, neurônios mioentéricos, neurônios submucosos, neuropatia diabética. ABSTRACT

The neurological manifestations of diabetes mellitus (DM) are observed in the peripherical nervous system, especially in the enteric system nervous. DM promotes an increase in the production of free radicals and in sorbitol levels. Higher sorbitol levels increase the intracellular osmolarity and as a consequence reduce the transmission of the nervous impulse. The association of these factors can be related with the reduction in the number of myenteric neurons and alterations in the neuropeptides expression and they can still provoke the clinical manifestations that happen in the gastrointestinal tract of diabetic people, such as diarrhea and/or constipation. In our laboratory we studied the effect of diabetes mellitus on the morphology and on the number of myenteric and submucous neurons of diabetic streptozotocin-induced rats, as well as the role of neuroprotective substances, as ascorbic acid, on these nervous plexuses. Key words: ascorbic acid, diabetes mellitus, myenteric neurons, submucous neurons, diabetic neuropathy.


O diabetes mellitus (DM) é um importante problema mundial, de saúde publica, uma vez que é freqüente e está associado a complicações que comprometem a produtividade, qualidade de vida e sobrevida dos indivíduos, além de envolver altos custos para o seu tratamento e de suas complicações. Clinicamente o DM é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica, associada a distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipideos e proteínas. A longo prazo o DM promove danos tais como: disfunção e falência de vários órgãos, especialmente nervos, rins, olhos, coração e vasos sangüíneos.1 Destacaremos as manifestações que se localizam particularmente no Sistema Nervoso Perifério (neuropatia periférica)2,3 e que são as principais responsáveis pela morbidade e mortalidade dos pacientes diabéticos.A neuropatia diabética caracteriza-se pela lesão dos nervos periféricos, como conseqüência de alterações em sua microcirculação (vasa nervorum), mas principalmente por alterações no metabolismo dos neurônios.4 A inervação intestinal é intensamente acometida no DM. Especialmente nos neurônios do plexo mioentérico observam-se diversas alterações, entre elas destacam-se: redução significativa no número dos neurônios, em diferentes segmentos intestinais,5-7 alterações na basofilia citoplasmática,7 bem como aumento no perfil celular8A redução do número de neurônios, diminui o tônus muscular da parede do trato gastrointestinal provocando, desta forma, a dilatação do estômago, intestinos delgado e grosso,6,9 retardo no esvaziamento gástrico, diarréia diabética e/ou constipação intestinal.A redução na basofilia citoplasmática, por sua vez, possivelmente indica um declínio no metabolismo celular. Em resposta ao dano axonal, que ocorre no diabetes, o pericário dos neurônios lesionados sofre uma cascata de processos fisiológicos e bioquímicos, e uma destas reações celulares é a cromatólise, isto é, a dispersão e redistribuição dos corpúsculos de Nissl, demonstrada morfologicamente, através da alteração na basofilia citoplasmática.O dano neuronal decorrente do DM tem sido atribuído principalmente ao sorbitol. Esta substância é produzida pela redução de glicose na reação catalisada pela enzima aldose redutase.10 A elevação da sua concentração acarreta em um aumento da osmolaridade intracelular, com formação de edema, lesão neuronal e conseqüente redução na velocidade de condução nervosa.2 Estas alterações originam as complicações a longo prazo, no diabetes,11 denominadas em conjunto, neuropatias diabéticas.Em uma avaliação mais direcionada dos efeitos do DM sobre a inervação, observou-se, através de técnica imunohistoquímica, que esta patologia provoca mudanças no conteúdo de neuropeptídeos entéricos, como o peptideo intestinal vasoativo (VIP) e substância P.12As drogas que reduzem a concentração do sorbitol, inibindo a aldose redutase, podem ter um papel relevante no tratamento das complicações neurológicas do diabetes. O ácido ascórbico é uma destas substâncias e tem sido estudado no tratamento desta patologia.Em pessoas com DM as concentrações teciduais de acido ascórbico podem ser reduzidas porque o seu transporte durante a hiperglicemia é inibido, bem como a sua reabsorção renal.13 Também tem sido sugerido que os pacientes podem apresentar uma redução da concentração de acido ascórbico por estarem mais expostas ao estresse oxidativo.14 Este último é decorrente de um aumento da glicação não-enzimática, aumento da auto-oxidação, aumento do estresse metabólico, e de alterações nas etapas de formação de sorbitol (com conseqüente elevação de sua concentração); também é decorrente de respostas inflamatórias freqüentes que ocorrem no diabetes.15O estresse oxidativo produz os radicais livres que são, normalmente, neutralizados por sistemas eficientes no corpo, inclusive por moléculas como o acido ascórbico. Esta utilização do ácido ascórbico na neutralização dos radicais livres é mais um fator que pode causar redução na sua concentração em indivíduos com DM.16Estudamos, recentemente, o efeito da suplementação alimentar, com ácido ascórbico, sobre os neurônios submucosos, que expressam VIP, no íleo de ratos diabéticos.17 Verificamos que os neurônios VIP-érgicos dos animais diabéticos apresentaram forte imunorreatividade e os maiores perfis celulares, quando comparados com os animais do grupo controle. Os neurônios submucosos de animais que receberam suplementação alimentar com ácido ascórbico exibiram imunomarcação menos intensa, comparado com os diabéticos, mas igual àquela observada nos neurônios dos animais do grupo controle.17 Estes resultados apontam para o importante efeito neuroprotetor do ácido ascórbico.BIBLIOGRAFÍA
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